
A Geração de Orpheu foi o grupo responsável pela introdução do Modernismo nas artes e letras portuguesas: seguindo as vanguardas europeias do início do
século XX, nomeadamente o
Futurismo, os homens da Orpheu propuseram-se, de acordo com uma citação de Maiakovsky que
Almada Negreiros terá usado para caracterizar o Grupo, "dar uma bofetada no gosto público". Poetas como
Fernando Pessoa,
Mário de Sá-Carneiro,
Almada Negreiros, e pintores como
Amadeo de Souza-Cardoso e
Santa Rita Pintor reuniram-se em volta duma revista de arte e literatura cuja principal função era abanar as águas, agitar, subverter, escandalizar o burguês e pôr todas as convenções sociais em causa: o próprio nome "Orpheu" não fôra escolhido por obra do acaso - Orpheu era o mítico músico grego que, para salvar a sua mulher Eurydice do Hades, teria de a trazer de volta ao mundo dos vivos sem nunca olhar para trás. E era essa metáfora que importava aos homens da Orpheu, esse não olhar para trás, esse esquecer, esse olvidar do passado para concentrar as atenções e as forças no caminho para diante, no futuro, na "edificação do Portugal do séc.XX" (
Almada Negreiros). A Geração de Orpheu não contribuiu só para a modernização da Arte em Portugal - com nomes como
Amadeo de Souza-Cardoso e
Fernando Pessoa, foi responsável pela divulgação de alguns dos melhores artistas do Mundo.
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